Quais os principais EPIs para dentistas em tempos de pandemia?

O uso de equipamentos de proteção individual é exigido dentro da área da saúde, incluindo a Odontologia. Trata-se de uma norma fundamental destinada a garantir a segurança e a saúde no trabalho para o próprio dentista e seus pacientes dentro de uma clínica. Assim, o uso de EPIs para dentistas é obrigatório e indicado, uma vez que esses profissionais estão em contato constante com sangue e saliva — que podem conter vírus, bactérias e outros tipos de microrganismos nocivos à saúde e que causam contaminação.

A própria Norma Regulamentadora nº 6 do Ministério do Trabalho determina que a clínica odontológica deve fornecer EPIs de modo gratuito aos seus funcionários, além de fiscalizar o uso correto e contínuo desses equipamentos.

Quer proteger a si mesmo, seus assistentes e pacientes? Neste post, você saberá quais são os principais EPIs obrigatórios para dentistas, em especial, como podem ser uma medida de biossegurança contra o contágio da COVID-19. Boa leitura!

Avental de proteção

O avental ou jaleco é um equipamento usado pelos dentistas para conferir proteção na região do tronco, braços e perna, evitando que materiais humanos que são expelidos pelo paciente entrem em contato com o dentista, como saliva, sangue, aerossóis e substâncias orgânicas.

Geralmente, o dentista também fornece um avental de proteção descartável para o paciente, para que ele se mantenha limpo durante todo o procedimento, evitando sujar a roupa com saliva e para não ter contato com eventuais resíduos e substâncias que são utilizados em tratamentos dentários.

Além disso, esse item de proteção ganha ainda mais importância nos tempos atuais de pandemia. Assim, ele se tornou fundamental para evitar que eventuais partículas carregadas de vírus venham a cair diretamente na pele do dentista ou paciente, reduzindo o risco de contágio pelo novo coronavírus.

O recomendado é que o equipamento apresente uma gramatura mínima de 30g/m². De qualquer forma, a depender do atendimento prestado ao paciente, o ideal é usar um avental com capacidade impermeável e com gramatura de, no mínimo, 50g/m².

Por fim, é importante deixar claro que o avental deve ter mangas longas e punho feito de malha ou elástico. Ainda, precisa ser fabricado com um material atóxico, hidro e hemorrepelente, hipoalérgico, resistente à penetração de microrganismos nocivos e que tenha um baixo nível de desprendimento de partículas.

Luvas odontológicas

As luvas são um dos equipamentos de proteção mais significativos para os dentistas. Afinal, as mãos devem ficar protegidas, pois, elas são o principal instrumento de trabalho dos profissionais que atuam na área odontológica. Esse item ajuda a trazer mais precisão e firmeza enquanto ele segura uma ferramenta, evitando que o objeto escorregue por entre os dedos, o que pode prejudicar o sucesso de um tratamento de canal, por exemplo.

Da mesma forma, é um modo de impedir a propagação de bactérias, microrganismos e outras partículas minúsculas, mas perigosas, que poderiam ser transmitidas diretamente da mão do dentista para a boca do paciente.

Geralmente, as luvas utilizadas pelos dentistas costumam ser divididas em dois tipos: de procedimento e cirúrgicas. O primeiro modelo, é indicado para que os profissionais realizem as tradicionais consultas, como limpeza, aplicação de flúor, colocação de aparelho ortodôntico, exames de imagem etc., uma vez que o dentista poderá ter contato com sangue, saliva e outros resíduos bucais do paciente. 

Já as luvas cirúrgicas são fabricadas com látex e devem ser esterilizas, uma vez que são usadas para procedimentos, como a realização de um canal ou a extração de um dente.

Além disso, é importante ter muito cuidado ao retirar as luvas contaminadas após uma consulta. Elas devem ser removidas primeiramente puxando o lado externo do punho com os dedos da outra mão. Depois, precisa tocar a região interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto e remover a outra luva. Ao final, é essencial fazer a higienização das mãos imediatamente com sabão.

Máscaras

As máscaras são essenciais para evitar a contaminação por vírus e bactérias que saem da boca e do nariz por meio da respiração e durante a fala. O dentista pode usar máscaras descartáveis feitas com polipropileno (ou TNT), que é um tecido leve e com fibras que garantem a respiração e impedem a passagem de micropartículas que podem estar contaminadas.

Da mesma forma, a máscara cirúrgica, fabricada especialmente para o uso odonto-médico-hospitalar, também pode ser usada para proteger tanto dentista quanto paciente contra a contaminação por fluidos corporais que poderiam ser transmitidos pelo contato. 

Mas é importante que o material filtrante tenha uma capacidade de filtragem de partículas (EPP) superior a 98% e que tenha eficácia de filtro bacteriológico (BFE) maior de 95%.

Ainda, o uso de máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia para a filtragem de 95% de partículas é fundamental para atender pacientes com suspeitas de contaminação por Covid-19. No entanto, as máscaras de modelo N95 ou PFF2 que apresentam válvula expiratória não são indicadas, uma vez que possibilita a saída do ar expirado, o que pode aumentar o risco de contágio.

Óculos protetor

Os óculos protetores protegem os olhos dos dentistas contra aerossóis, secreções, luminosidade intensa e produtos químicos usados durante processos odontológicos. Além disso, esses equipamentos impedem o contágio e reduzem os riscos de radiação ultravioleta em decorrência do uso de aparelhos fotopolimerizadores.

Gorro

O gorro evita que o cabelo do cirurgião-dentista se desprenda e caia sobre o paciente no momento do atendimento, além de ser uma forma de proteger o profissional contra a contaminação por aerossóis, bactérias, micróbios e partículas contaminadas pela Covid-19.

Nesse sentido, os gorros para fins odontológicos são ajustáveis ao formato do crânio e fabricados com material respirável, como é o caso do propileno ou TNT, garantindo uma transpiração adequada e reduzindo o risco de superaquecimento da cabeça e do couro cabeludo.

O investimento em EPIs para dentistas é uma forma de aumentar a biossegurança dentro de um consultório odontológico e proteger esses profissionais e seus pacientes. Assim, o uso desses equipamentos deve ser reforçado e obedecido, de modo contínuo, especialmente em época de pandemia, como a do coronavírus. Além disso, evite usar jaleco fora do consultório ou em áreas comuns e não se esqueça de passar álcool em gel 70% antes e após cada atendimento para reduzir os riscos de contaminação.

Você tem alguma dúvida com relação ao uso de EPIs? Entendeu a importância de utilizar esses equipamentos? Deixe um comentário abaixo!

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